Não sobrou mais nada
Daquele lugar longe do mar.
De mim, apenas um grito
Projetado do âmago
De uma folha em branco.
As manhãs estão cinzas
E seus passos que vagavam
Dentro de meu coração
Agora sonham em outro peito.
O abrigo suave está em ruínas,
Pouco sobrou de quase nada.
Foi-se o inventor de sonhos,
Perdeu-se o começo da noite
Que eu guardava na palma da mão.
Tentei trazer outro construtor
De caminhos ondulantes,
Outro que soubesse mais
De pontes de abrigo
E uma casa de pássaros e vento.
Não sei mais como saber sobre encontros,
Dentro dessa história cheia de silêncios.
O ar que continha o meu fôlego
Quase dentro do seu,
Agora flutua sobre um projeto de gestos
Dentro do meu corpo que morreu.
Um comentário:
Que graça que é vc Cell!
Obrigada por postar meu poema nesse espaço tão lindo.
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