13 maio 2011

ENTREGO-ME



Procurei pelo teu rosto na escuridão da saudade
Procurei pela tua voz em cantos de pássaros mudos
Tua presença é minha quimera, meu bem estar
Frutos de uma árvore bela, primavera, razão de amar.

Por entre pequenas parreiras, bebo teu vinho, doce que mancha
Piso em poças d'água, fazendo ondas, que refletem meu sorriso
Em um segundo, por dentro de nuvens limpas, estou em um céu
Voo, fazendo curvas, em um aviãozinho de papel.

Sem rumo e com força
Sem dor ou remorso
Sou homem e sou moço
Sou puro colosso
Me livro da fossa.

Nesse mundo, que limpo do imundo, se desfaz em desejos
Te roubo um beijo, sou um moribundo que cai no teu brejo
Te quero faminto, sou animal de circo, por fim te obedeço
Teu colo é meu berço, me chamas de filho, tudo isso eu mereço! 


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