08 maio 2011

Libris Scripta


"Plínio,
sequer acreditaria
que ficaria tão exímio.
Ou que após transformações
o lápis seria derivado
do romano Stylus.
Entenda nas divações.
realmente é, Idílio..."

Nesse rito esquisito
dentro do viveiro.
No silêncio,
germinam as sementes
do Pinheiro.

Conjura purificação,
no crescimento.
Dissipando a combustão
do gás carbônico.
E devolvendo o oxigênio
acentuado pelo número atômico.

Os entalhes surgem,
passada a puberdade,
temporal que ruge.
Onde galhos são podados.
E, para o solo servem
como calcio.

Então, a arvore
atinge a maioridade,
na qual passa pela serragem.

A madeira é cortada,
descascada, dividida
em tabuas finas.
com 18x7,5 centimetros de medida.
Onde será seca, tingida,
até ficar rosada e macia.

Passado esse ciclo,
uma maquina desvairada,
abre as ripas em semicirculo.
Eis que o que já foi o ouro negro
é introduzido.
Seu nome é derivado do escrever 
no grego.
Mas em inglês foi lead,
no termo histórico restrito.

Soma-se os expoentes,
mas, pouco entende-se,
que assim como o Big Bang.
a descoberta do carbono
está anexa como fruto
de um escombro.
Que futuramente beija
as páginas em branco.
Pai de vogais e consoantes.
De matizes variantes.
Que em suma necessitamos.

A grafite que se usa,
não é pura.
É simetria.
É mistura de argila
e agua condicionada
a altas temperaturas.
Até obter o formato cilindrico
como espessura.

E na sequencia,
outra canaleta de madeira
se acrescenta.
Tornando-os peça unica.

Sou simples, sou claro.
às vezes colorido,
para contrastar os espasmos
ao ser apontado.
sou fino de traço largo.
Escrevo e tenho dislexia
ao contemplá-lo.
discreto, redondo, hexagonal.
Biodegradável.


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