01 maio 2011

Carta para amiga...



Emana um porém qualquer de olhar,
Para o dia perceber que a tua lua,
Também resplandece,
Nos confins dos rasos,
Nos trampolins dos passos...
Somos assim mutantes persistentes,
Malucos felizes conflitantes,
Em arte, em marte, ao entardecer,
De nossas saudades,
Ainda que tarde, ainda que distante...
Nos faz ser, nos faz sentir,
Um universo diferente,
Um amor infinito,
Uma esperança ainda que abstrata,
Que somos belos, somos meros passageiros,
Somos eternos queridos cúmplices,
Num profundo outro sentido,
Numa outra distante fronteira,
Tão próxima ...
Quando enfim percebemos,
Que podemos viver
O viver nunca vivido...
Podemos amar
O amor nunca sentido,
Pois somos loucos,
E os loucos sempre
Cometem loucuras...
Talvez a maior delas
Seja a própria infinitude
De sua doce vivência...



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