Junto flores de silêncio e sonho,
E troco por um vento de canto sibilante.
Decifro o código das dores, para manter
O fogo que arde em mim.
Deito no azul turquesa das águas fluviais,
E sigo num remanso de esperança.
Heras de veludo me cobrem,
Lembrando o som de meu nascimento.
Preparo o caminho verde de musgos frescos,
Para meus passos se tornarem confiantes
E renovados.
Desvendo todo o segredo que queima
Minha garganta e o meu ventre
Quando pronuncio o seu nome.
Torno-me primavera em pleno inverno,
E um deus de luz me conduz
A lençóis de névoa e pétalas.
Descanso em seu colo de ternura,
Em meio a uma fragrância de lírios,
Enquanto ele sussurra um verbo vivo,
Dizendo que eu estou renascida de mim.
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