01 maio 2011




Eu não quero competir com você
Pois já basta
De tanta petição nesse mundo
Para pedir brigas, derrubar governos
Acabar com leis

Nunca quis saber daquilo
Se disse, já foi
Se já foi
Deixa estar

Não vi o debate dos deuses
Não participei das batalhas Homéricas
Nem o seu grito para dentro do ringue
Ou a queda de braço dos homens

Pois se já não conheço o porquê
Sem saber dessa briga
Porque será que volta para mim toda hora
Feito brilho fosco, anti aurora?

Qual o sentido de tudo me levar
A ir contra ti?
Eu que nem nasci perto
E nem sequer te vi...

E por tudo isso
Meu deus,
São ônibus cheios
E ideias lotadas

São pernas nuas, despidas
E minha mente
Entre
Cortada

Tudo me leva
Suando o frio gelado
A seu instante,
Ao seu translado

És uma vítima grega
Eu um romano infeliz
Eres uma afegã xiita
Eu, o pashum que ri

Com um guarda chuva
O mato chorando lá fora
Te vi

- Um abraço?-
Dois, três
Mas o céu era vermelho
E eu te detestei, mais uma vez


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