26 junho 2011

Na marina, enxergo barcos, enxergo vidas



Marina?
Da constelação de netuno, prima
Ao cais de porto, teu rosto roto
Pesca a minha obra prima

Marina?
Exergo barcos, enxergo vidas
Não há navios suficientes
A terceira ilha da minha vasta baia

Linda, da pele mais fina
És mais rainha que todas as rainhas!
Mais ouro que a jóia de todas as Josefinas
Te vejo na praia
Ainda

Talvez seja tempo em contratempo
Puxar o mar, em contramar
Na contramão das mãos
Que nossos cais se tocaram

Uma vez, ancoradouro que sou
Patético, por amor
Te vi, de claro e doce fragor
Me decidi

Marina?
Quase tudo que a gente não conhece
Viaja no tempo, viaja nas horas
Para se encolher em seus braços

Marina?
Colcha de retalhos
Meu reflexo no mar
Seus olhos a me embalar
Nas noites de solidão

Marina...
Mal me quer, bem me quer
Recebe tantos barcos, recebe tantas vidas
E continua pura, linda, intacta
Como sempre, és

Marina.


Nenhum comentário: