12 junho 2011

Línguagem Silenciosa



Eu vejo você
Todos os dias, todas às noites
Eu vejo você, através de sua janela escura
Eu não queria ver – eu juro que não, mas é mais forte do que eu
Eu só queria poder oferecer palavras....

Eu sei onde você vive
Sei qual a sua escuridão preferida
Gosto de ver você indo dormir, sonhar
Amputei meu coração - ele ainda bate, se alimenta de sua imagem
E o enviei para você, mesmo estando longe
Mas nosso sangue, de alguma forma, está conectado
Talvez para sempre, talvez até o fim dessa noite

Vamos encarar o silêncio
Absoluto, como uma luz enfada
Aquela através das cortinas de seus olhos

O veneno corrói, corrói tudo por dentro
E, a falta, sintetiza tudo que sinto internamente
Tudo está lento, mas eu continuo
Tudo está lento, penso em desistir

Tudo está doendo, cada parte, cada ínfima parte
Como a mordida que você deu em meu coração
E a ferida que vai sempre estar aqui, em minha alma.


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