04 junho 2011

Engano



Imaginei que era doce
o leve balançar da rede
no pomar das cantorias
elaboradas. Imaginei flutuar
sobre o porto e sobre as embarcações
coloridas. Era sonho e não luar.
O complemento da infância perdida
em algum lugar dos trópicos,
tal qual seiva que seca 
ao sol de agosto, impune como os livros.
Como as couves.Abacates.
Ouço o som do pulsar do teu coração
de ferro. De tuas carnes vermelhas.
De teus ombros que dançam.
De teus olhos pequenos.
De teu dorso.
Estou sereno.


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