26 junho 2011

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O mastro está a meia bandeira,
O maestro sorri meio em dó-menor,
O rastro silencia a meias palavras,
O destro segreda seus meios termos,
A moça respira suas meias verdades,
A melodia respira meio tons,
A flor acena meia pétala de adeus,
A estrada redesenha seus meios-fios,
E o olhar nu decifra seus meios verões,
E na varanda antiga encontro suas metades felizes,
E no varal suas meias descansam em serenatas,
E a janela por fim respira inteiras saudades...


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