02 abril 2011



Para ti entrego o poema que eu nunca fiz
Que é mais lindo
Do que o poema que eu sempre quiz
E menos belo que o poema
Que eu nunca quiz

São umas tirinhas de plástico
Estilo gelinho
Derretem na boca
É prosa tão esperta
Que vira lira e poesia tão rapidinho

Mensagens na praia
Telegramas
Correios elegantes
Para ti um nariz vermelhinho
Um berimbau preto
E um tapete da índia

Poema mágico!
Daqueles que correm dos narizinhos
Crianças que nunca fui

Viagens sobrepostas!
Ilhas sozinhas
Em que te encontrei

A ti não te entrego
Nada disso
Não não
Que vejo não

Antes um papel pequenininho
E um lápis imenso
Sonhos são preciso

Fodasse, fodasse
O resto

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