Através do vidro, vejo
o pouco do vinho que sobrara,
a chuva que escorre em minha janela,
o conhaque que me aquece nessa noite
Através da luz, vejo
o tempo passante,
a vela que se apaga enquanto escrevo,
o sol nascente, solitário...
Através de meu lápis, vejo
o poema incompleto,
as palavras atônitas,
os versos a perder o sentido
Através da porta, vejo
o adeus,
a solidão,
o fim.
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