04 abril 2011

.

Resquícios de sobras ficaram pelos cantos da sala de jantar...

Um amor de juventude vivido entrelaçado sublime,
Aos abraços e dizeres de nossos acasos matutinos,
Quando ainda nem pensávamos em nada,
Não sentíamos as dores do passado,
Só desenhávamos nossos sonhos pelo inconsciente,
Inconseqüente delirante vagabundo...

Uma rosa deixada em meio às cigarrilhas de acordeom,
A sonoplastia do amor dissipou-se em fragmentos mudos,
O silêncio tomou conta dos olhares,
Pelo chão nossos passos faziam pequenos redemoinhos,
Estavam perdidos de seus rumos,
A primavera já havia saído,
Restava-lhes apenas o aceno melancólico,
Dos distraídos abraços ainda que tardios...

Uma carta amassada ao lado do álbum de fotografia,
Fotos marcadas manchadas amareladas,
Dizia...
Já não te vejo mais...
Já não sei mais quem és...
Já não sei mais que sou...
Vivo eternamente perdido,
De você, de mim...
Era uma carta triste,
Não enviou...
Pensou nos momentos felizes ao seu lado,
Sorrio ao deparar com uma foto,
A última foto que tinha dela,
Ao longe acenando...



Nenhum comentário: