03 abril 2011

"HABITAR O VENTO"


Meu navio 
é habitar o vento
no invísivel tempo
de não te ter

Viver no templo 
vazio e ser
coração de pássaro
no relento

Enquanto do outro lado
lá no deserto,
nem um oásis desponta
de vibração 

E o vento morre parado
estagnando de silêncio
o pólen na tua mão

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