18 abril 2011
Exílio
Estou fugindo com o meu medo.
Vou sem conhecer o ninho de amor
Que gravastes em meu coração.
Sinto uma sensação de engano,
Fria e desolada,
Vinda de teus braços cruzados,
E uma boca cheia de beijos,
Que guardei na imaginação.
Olho tua sombra inclinada
E o peso de teu corpo,
Que nunca esteve em mim.
Estou tão pequena e frágil,
Aos pés de tua altura inexistente.
Minha pele está em exílio
Nesse paraíso só de serpentes.
Todos os momentos
Foram de falsas esperanças,
E nosso encontro
Uma irremediável mentira.
Estou numa insone desordem
E tenho um forte desejo
De desaparecer, antes que tua ausência
Tenha piedade de mim.
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