01 agosto 2009

Painel noturno




É cinza de dia
É cinza de noite
Ah! Mas de noite temos as luzes
Brilhos como que mágicos, fosforescentes
Borbulhando pelos ares de nossa cidade
Indo e vindo, tilintando cores ofuscantes
Clareando, seduzindo, iluminando, produzindo
Faíscas e fagulhas místicas, hipnotizantes
Que oscilam fanatsmagoricamente como um sopro
Um feixe
Um jato repentino de partículas iluminadas extravasando energia
Elétrons e prótons colidindo em nuvens de combustão, se consumindo
Sumindo na atmosfera palpitante
Frenética, arquejante
Da metrópole

Poeiras estelares que sobem todas as noites
Embalando cores doloridas e atraentes
Sugadas pela própria unanimidade
Confusas em tanta organização
Receosas com tantas opções
Sem certezas
Se esvaem sombriamente
E afinal,
Sucumbem à luz da Lua.

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