02 agosto 2009

No fado de sua canção



Todas as suas cativantes palavras
Assim que chegam como se não chegam
E falam coisas que ninguém diz
Essas doçuras de aprendiz plena
E plenitude do nada
Ilumina um sábado
Põe fim na aurora de uma sexta

Toda essa sua prosa
Toda essa sua poética
Toda essa capacidade de falar
Ilumina com cores negras de destruição
A minha magnólia dialética

Dessa sua boca
Meio mundos passam
Meio mundos se perdem

Dessa sua boca
Um copo meu cai
E se fundem os cacos da minha individualidade
Para formar uma coisa só
Uma coisa perfeita

Desse imenso vasto mundo
Aonde nunca iremos conhecer
Que estrada nos mostra o amanhecer?
Que imensidão revela tão devasso prazer?

Dessa luz que chega
E ilumina e nos faz cantar
E cantamos sem cantar
E vivemos sem viver
E sorrimos sem sorrir
E somos nunca sendo
Firme e forte
Para si mesmos...

Nenhum comentário: