19 fevereiro 2011

Soneto ao Apego



Giro pela noite, sozinho
Por ruelas e boates obscuras
Já não tenho medo, nem ninho
A alma já não está mais crua.

O que de ontem tinha pena
Nessa hora é minha cena
Se minha atitude é retina
Minha visão cega, uma sina.

Fato e atos de uma vida nua
Que se desfaz no óbvio sombrio
Me torno seu na cama tua.

Até em sonho, estou no cio
Só na morte encontro ajuda
De semente à muda, enterro o frio. 

Um comentário:

k4akis disse...

Blog de Cell,

recheado de poemas de André, Luiza, Marcel,Dalva, Adonis, Noite, Rachel...rs!!!
Caramba, só fera, dá até pra viciar!
Em tudo eu vc faz, imprime seu toque de bom gosto, de delicadeza!
Amei seu espaço,
Bjs