Não me fale dos lençóis,
Dos girassóis, do nosso amor,
Papéis, anéis, rimas,
Nossos beijos, abraços, enlaços,
Esvaíram-se pelo tempo vento,
Não os acho mais...
Por onde estarão todos aqueles badulaques?
Que tanto amávamos?
Das profundas eloqüentes paixões,
Dos mexilhões, das ondas, que atravessávamos,
Dois corpos azuis,
Dois castiçais de olhares...
Não me fale mais de nada, de ninguém,
Deixe apenas as fotografias ao relento da saudade...
Somos apenas nós,
Em algum ponto nenhum,
Apenas...
01 fevereiro 2011
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