20 fevereiro 2011

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Achei meu cérebro pelo chão,
Talvez tenha caído na quarta,
Ou foi naquele tropeço da segunda,
Logo pela manhã aos acordes do desesperador,
Ou despertador como queiram...
O fato é que o meu cérebro estava ali,
Jogado caído num canto,
Entre a porta e o bidê...
Percebi um certo sorriso,
Creio que estivesse feliz,
Fiquei pensando...
(pensando que pensava),
Sentia-me meio oco,
Nenhum pensar a vista,
Nada...
Podia sentir o eco do vento passando...
Até minhas lembranças emudeceram,

Alguns espaços vazios surgiram
O tempo passou,
O vento passou,
Tudo passou,
E o meu cérebro não mais voltou,
Mandou um bilhete pelo correio,
Dizia que estava viajando,
Que retornaria algum dia,
Talvez...(com reticências),
Confesso que tenho saudades dele,
Nunca mais o vi,
Nunca mais pensei...



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