19 fevereiro 2011

Seus Olhos


Nos seus olhos...
Vejo-me com escassez de prantos
Nunca há sombra de desenganos
No frio, todos os mantos
No calor, o nosso banho.

Nos seus olhos...
O reflexo da seda dos seus braços
Que se estendem ao longo do meu corpo
Que me despe, reconstitui meus pedaços
Prazer quente, doce, em sopro.

Nos seus olhos...
Vejo a grandeza do mundo
Espelhada da mais bela forma
Amor claro, sem bula, sem norma
Desarmado de espada e escudo.

Seus olhos...
Espelhos do meu sorriso mais sincero
Logradouros do azul celeste do céu
Chamas de dar inveja a Nero
Fazem embriagar-me do seu mel. 

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