Num esbarrão trivial de esquina,
Despedi-me da solidão dos anos,
Pois havia encontrado minha cara metade,
Andando por ali perdida de seus passos,
Coisas do destino...
Ao entardecer quando percebi,
Ela já havia partido,
Na mesa deixara apenas a flor que lhe dera,
Um verso rabiscado no guardanapo,
E uma lágrima escorrida...
O verso dizia...
"Retorno quando da lágrima nascer,
Um riso primaveril,
A florescer em seu rosto,
A saudade de nosso infinito amor..."
Nunca mais a vi por ali,
Deixei na gaveta a flor esquecida,
Coloquei o guardanapo com seu verso no bolso...
E guardei no olhar a lágrima escorrida...
Vez por outra recordo daquele dia,
Olho a flor seca com as pétalas sem cor,
Releio o verso que escreveste,
Quando percebo estás ao meu lado,
Como se nunca tivesses partido,
Sorrio enfim...
A lágrima havia nascido...
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