10 julho 2011

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Não direi nada,
Não há nada pra se dizer,
Portanto calo-me,
Por míseros segundos,
Enquanto isso vou pensar,
Pensar em silêncio,
Nem murmúrios escutarás,
Nem uma vírgula de meu pensar,
Não farei gestos obscenos,
Não gritarei teu nome por ai,
Eu sei que sentirás falta,
Chorarás algumas lágrimas,
Mas logo depois esquecerás,
Guardarás a velha fotografia,
Bem no fundo da gaveta,
Onde seu coração não veja,
Jogará nossas juras pela janela,
Dará minhas coisas pro mendigo usar,
Terá somente meu nome bordado na pele,
Que mesmo as rugas do tempo não irão apagar,
Por vezes irá acariciá-las...
Nestas horas estarei escrevendo por ai,
Teu nome em rosas vermelhas,
Alegrando meus jardins de solidões...


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