19 janeiro 2011

Soubesse o que se sabe

Eu cheretava o olfato, acho
sua sombra em minhas narinas sóbrias e
ela parece inspirar.
Você disse alguma coisa?

Eu sei que disse,
pois o roubei em silêncio.
Mas o que diríamos,
soubesse o que sei eu o que sabe,
seria assunto seu ou meu ou de alguém?

Esperaria quantos dias ouvindo desculpas
sem se lembrar que entretanto se disse só uma
saberia sentir o que sabe eu o que sei?
Seriamos sensatos sem no entanto nos esquecermos de nossas aspirações?

Eu cheretava o olfato, achei
enxergar sua sombra e a ter,
nalgum momento
como a salvação do que sei saber
do que disse, do que espero e assim
me distanciei.

Sincero, não, talvez e assim é
a certeza de que eu não seja um bom amigo
pois quê sei eu de você senão sua sombra,
roubada em silêncio?



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