31 janeiro 2011

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A voz calou
Naquela manhã nublada,
Quando partiste inusitada,
Deixando-me só,
Ao relento da vela apagada...
Não encontro mais meus dizeres,
Nem meus óculos,
Nem teus beijos,
(aqueles que você me concedia
Ao raiar dos dias,
Ou no tardar dos crepúsculos)...
Abro a janela e observo
Nosso caminho desolado,
Sem ninguém a passear,
Nossas pegadas sumindo ao vento,
Nossas danças aos poucos silenciando...
Fico imaginando por onde estás,
Se estás bem...
Se ainda sorris daquele jeito: Encabulada...
Embriago-me com as saudades...

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