20 março 2011

Sem Sinal

A mínima incerteza sobre o teu corpo
Dentro do espaço atormenta-me.
Penso em reinar sobre o teu nome
E te incendiar com os meus olhos.

Tornei-me uma voragem
Quando perdi o teu sinal e mergulhei
Na cratera desse vulcão extinto.
Construí ardis para te ter,
Mas escapastes pelas rasuras do éter.

Ainda somos um traço sutil na parede,
E retornamos no traçado do tempo
Para olhar a tempestade formar relâmpago.

São eles que cortam todos os sinais
E me deixam desesperada.

Procuro esquecer-te, mas retorno ao engano,
Acendo o dia com um sol apagado,
Procuro cansar-me de sua falta nos meus dias,
E digo a todos que não te queria.

Mas quando chega à noite,
Eu só quero que volte o dia.

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