20 março 2011

O Nada

Sou o nada
Que rasteja através de sua sombra
Aquele que foi deixado para trás
Apagado
De suas reminiscências pronfudas

Sou aquele borrado
Eliminado de suas lembranças
Eu era aquela sua palavra vaga
Seu sonho esquecido

Eu era o seu sol
Levantando-se através do nevoeiro
Seus pequenos devaneios sóbrios
Apenas dizendo adeus

Sou o seu nada
Absolutamente transgredido
O seu estranho mundo novo
Com as portas abertas

Seu vazio interno, sua voz sem ação
O vazio de seus olhos
Aqueles que fazem você
Enxergar a sombria luz da lua

Sou aquele, ajoelhado em sua frente
Com a boca aberta
Esperando você derramar
Seus sonhos dentro de mim

O nada é o seu final
Em meus braços abertos
O nada é a cura
Para os seus passos cansandos

Você é o meu desejo profano
Quero ser o seu nada
Perdido em sua essência mais sombria
Encontrado, em sua virtuosa honra

Eu poderia ser tudo o que você vê
Eu poderia ser tudo
O que você quisse-se que eu fosse
Eu poderia ser um nada

O seu nada...

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