06 março 2011

De Vento em Popa

Caindo na real 
Buscando a porta de saída
Tirar o espinho da rosa
Tendo alguma chance ainda.

Uma caminhada de vento em popa
Só faltaram as velas
Ganhou tudo até as roupas
Não via mais graça nelas.

Queria o complemento mais puro
Amor, atenção e paz
Nada de contentamento obscuro
Jazigo é você quem o faz.

Infidelidade da imaginação as avessas
Criação natural de fantasmas
Vagueiam por uma mente ativa e criativa
Bicho de sete ou oito cabeças.

Sem paradoxo nenhum
Emite, omite a realidade
Flexibilidade de jeito algum
Inadequação de uma idade.

Sem valor mesmo que seja ouro
Um tesouro no mais profundo oceano
Desengano que lhe arranca o couro
Um dia que tem duração de um ano.

Avaliação do inenarrável
Sustenta sua forma mais impura
Uma violência cruel mas amigável
Realidade que virou conjectura. 


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