05 setembro 2010

Os quatro elementos


Meu nome não é forte, mas nem precisava ser.

Se não conto com a sorte pra o que tenho me prover.

Caminhos da minha vida sempre foi lugar comum.

Mas sinto que, por dentro, não sou apenas mais um a vagar.

A espera que a vida possa me ensinar a curar toda a ferida, que teima em não cicatrizar

Não gosto dos meus versos, de rimas baratas.

Percebo que pra mim, sentir é mais fácil que falar.

Queria ter o dom de todas as palavras, perfeitas,exatas pra que você entendesse, o que não consigo explicar.

Que é só pelo sentimento que posso transcender meus holocaustos, meus lamentos e assim me conhecer.

Tento encontrar em formulas a face da minha verdade, mas nem mesmo consigo controlar esta ansiedade.

Não sou um sonhador, só um homem com muitos sonhos, planos, desenganos.

Talvez só falte em mim a dose de realidade.

Na verdade é na grandeza do universo eu posso flutuar.

Mas, se minha vida é um sonho, preciso acordar e viver.

No sol que invade a serra, no riacho que desce o morro.

No ódio que vem da magoa de não saber amar.

Na força que vem da terra, na febre que arde o fogo, na mansidão desta água e na leveza do ar.

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