03 setembro 2010


Choviam flores margaridas pelo quintal,
Minha pele sentia o roçar dos beija-flores passando,
E algumas rugas já surgiam nos leitos dos rios,
Era época de antigamente...
Uma criança tímida observava num canto a meia luz,
O movimento dos clarinetes em seu arvorecer soturno,
Que num sopro infinito invadia o silêncio dos sonhos...
Logo chegariam seus desejos e apetrechos...
Viriam para seu despertar incógnito...
A criança crescera... era um menino agora...
Seus antigos sonhos sobrevinham ao tardar dos olhares,
Entre beijos de jasmins cor de açúcar e perfumes de terra achocolatados,
Era primavera nos confins dos amores...
Mais uma vez o menino retornava para seus antigos sonhos,
Onde ficava a devanear com seus olhinhos solitários,
Os encantos curiosos de sua outrora infância,
Por tantas vezes um paraíso de ramalhetes risonhos,
Por tantas outras vezes um segredo de lágrimas casuais...

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