27 setembro 2010

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Quero a doçura da poesia passada
Colher belos bagaços dos frutos
Transformá-los em vida

A magia do respirar
O oxigênio que falta numa dúvida
A palavra sôfrega se tornar riachos de sentido

O benjamim desse nosso mundo
A extensão de todos
Minhas maiores vontades são as tuas

Quero te fazer bem
Beijar-te a face
Os seios
Os seus frutos!

Quero dizer lá dentro do teu útero
Ele vai te amar
Com certeza, não há como ele não te amar

Pode até não gostar de ti
Não gostar dos afrescos no teto de seu quarto
Nas quais você tanto invoca, fecha os olhos muito forte
Vai te amar muito, tenho certeza

Das palavras mais impenetráveis
Não apenas a chave
Mas a dúvida, a raiva, o rancor, a mesquinhez
A doçura, a dádiva, o esclarecimento...

Não te dedico um dicionário
Te dedico um jeito diferente de ver o por do sol


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