18 dezembro 2010

Olhos Alagados


Eu podia ser o sol
Iluminar teus caminhos
Alegrar teus ébrios desatinos
Teu calor, inferno bom
Desatar de nós os nós.




Talvez ser a lua
Mensageira da luz do astro rei
Limpar uma alma, dar vida
Uma placa de metal, pela ferrugem carcomida
Pelo tempo, pelo sal
Tornando-a nova
Ser, e só ser, um ser sentimental.




Uma inspiração poética
Da vida, da morte
Teu colo, teu norte
Calmaria e vendaval.






Um peculiar timbre de uma ave

Afastando os prantos
Nos olhos, nos campos
Das portas abertas
Uma só chave.





Um peixe
Desvendando os segredos dos navios naufragados
Ir bem, além, fundo
Onde a luz do sol não chega
Onde a lua não influencia
O som das aves não se ouvia
Perdendo a bela primazia
Agora, aos meus prantos, os olhos alagados. 






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