15 dezembro 2010

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Qual a pílula para esse noite?
O desejo que invade e que transborde
Que loucuras lhe desejam essa semana
O prato mais insosso é também o mais bacana?

Qualé a vida que te separa
Que problemas se deparam
É maldade no coração
É bondade demais sem pulsação?

Que tédio é o maior do mundo
O que é pior do que o tédio?
Qual a bruma que te esconde dessa vez
A outra resposta não vai vir
Você sabe que não
Pois a cabeça é tez
Nem a outra
Nem nossas, ósseas.

Quais as palavras mais duras?
Que viés vai te esconder mais uma vez no convés?
Que mares você vai deixar de navegar hoje?
Que barcos você deixou de abordar pela fraca navegação da mente?

Algo puritano
Proviciano
Tapado, amado
Moderno

Quantos quadros que você nunca interpretou?
Quantas odisseias nunca vividas você interpretará!
Qual o sentido dessa noite
O tamanho da pílula que vai brilhar a tua vida

Qual é a tampa da sua privada?
O vício que vem do mato e também não mata
Sua mão costurada nos confins
A vida de todos os afins

A pílula
Lulapi
Pilalu
Lapilu

Qual é o seu pí inexistente que calcula seu raio onipresente
O seu lú mais lúcido
O seu lá mais sagaz
Preenchendo a música do silêncio
O silêncio da música que falta nesta noite

Qual é o sentido da sua felicidade?
Qual é a pílula que não lhe trará maldade?
Qual é o sentido de certas coisas...
No fundo, qual o sentido do mundo?

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