27 novembro 2010

Todos Iguais



Mas era apenas um simples aceno de adeus
nada mais do que um aceno
nem um grande e definitivo
adeus triste solitário e final
Páginas do tempo amarelado e frio
desbotaram
páginas marginais dos tempos esquecidos
puídos
das maquiagens sociais
totalmente profissionais
O inclemente espírito aleatoriamente inserido
o dilacerante
o circense
o psicopata
o cru
Nenhum de nós esconde o trivial
o banal
momento de angústia
o repelente estado emocional
o vício eterno
das virgens,
dos sacerdotes fabricados a bordunadas
de explêndidos mantos clericais e ordens divinas.
Nos alimentamos de pizza
de strogonoff
de salsichas
Nós amamentados atualmente matamos
Nós fomos acariciados e banhados por anjos
mas
Nós agredimos e temos língua ferina
nós somos o bicho
maldito
Nós promovemos a guerra perpétua
entre os seres iguais
Nós somos o Colosso
um caroço
Nós somos um perigo.

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