Naquela caixa
Estão minhas cartas
Cartas velhas
Centenárias
Escritas a mão
Por um velho amante
Repugnante
Repugnado
Naquela caixa
Estão meus poemas
Os mesmos versos
Centenários
Naquela estante
Estão minhas fotos
Com minhas amantes
Com meu passado
Naquela casa
Está minha infância
Que morreu e muitas decadas
Sem que eu percebesse
Naquele corpo
Jazia a mim
Um velho mago
Comberto de lágrimas e jasmim
No coração de alguém
Não morrerei
Pois serei eternamente
O presente
O amigo
O amado
12 julho 2009
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