21 julho 2009

Desideratum






Não deixarei recordações
de instantes matinais.
Desconsiderarei expressões inconseqüentes.
Legitimarei o orgulho apunhalado.
Não ignorarei meu amigo imaginário.

Não embalsamarei meu coração a qualquer maneira.
Meu sangue, não jorrarei às ribanceiras.
Conduzirei minha alma, mesmo amargurada;
pelos atalhos de estradas minadas,
sem o temor de ser estraçalhada.

Graças à tormenta efêmera do tempo,
renascerei num eclipse solar.
Nos encantos dos meus etéreos anos,
destinarei solidariedade
às estrelas que invejam a minha luminosidade

Criarei asas e voarei alto;
Irei muito além das colinas mais inóspitas.
Peregrinarei pelo universo paralelo.
Sobre a Terra e as nuvens mapearei meus horizontes.
E purificarei minha alma que jazia .

E toda vez que o sol se pôr;
Sonolenta dormirei nas florestas encantadas.
Renovada, migrarei em busca de novas eras;
Seguindo luzes que driblam o caos
- Extasiando a atmosfera.

Foi-se embora impiedosa agonia.
Darei vôos rasantes nas águas do Lago Ness.
E o monstro invencível e solitário que habita adormecido,
acordará feliz com meu mergulho há tempos esperado.
Já que minha desiderata presença,
- será sua confidente eternizada...

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