09 setembro 2009

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Amigos somos
Como de outros carnavais
Das tarde de fantasia
Gravuras de risos,
Dois palhaços no meio do salão,
Abraçados pulando
A nossa rima de pele,
A nossa loucura de samba,
Até o dia raiar...
Até nossos olhares partirem...
Cada um em seu rumo,
Seus tropeços intermináveis,
Seus passos irregulares,
Suas casas distantes,
Ainda sentiam...
O sabor da purpurina,
O beijo na varanda,
As promessas do infinito,
A tarde caia...
No silêncio da rua,
Na fotografia guardada,
Nas lembranças estampadas,
Nas faces solitárias...
O tempo não desbotou,
Nossos cabelos rebeldes,
O velho blues na vitrola,
O nosso mar de aquarela,
Nossas mãos abraçadas ao vento...
De longe ainda lhe sinto,
Como se nunca tivesse partido,
Como se o antes nem existisse,
Como de outros carnavais,
Amigos apenas,
Amigos simplesmente...

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