
Sei que no fundo nada do que eu vejo existe
o mundo inteiro se converge em ilusão.
No descompasso entre a existência e a razão
na minha mão, meu coração bate tão triste...
Sei que não faço tudo aquilo o que eu faria
se por um dia eu fosse eu inteiramente.
Na qualidade de interino permanente
abraço a fraude de viver em poesia...
E nessa vida que eu sei que é provisória
vou emitindo promissórias sem valor.
Num desamor a minha vil mas própria história
escrevo a mim qualquer jardim que tenha flor!
Notoriamente o eu poeta é a escória
da fundição do eu normal e a sua dor.....
Roberto
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