Quando nada lhe prende a nada E tudo está tão ridículo Quanto natural É que não preciso nem gostar do que aparece Mas se aparece e me faz calar por instantes transparentes E me deixa horas refletindo Sobre praticamente seus mistérios Seus problemas Seus gozos Suas áureas É que em fios de ouro Cai em mim gotas espessas Dos sonhos mais puros Das melhores lembranças Do velho balanço Do meu sorriso em seus olhos Do toque sem querer Distante de tudo Perto do nada Na escuridão das almas que o tempo levou E traz de de volta em um livro Em um filme Em uma careta Em nosso amor Tão dissonante como o coro de guitarras humanas Em um precipício Caindo em desesperos entre as cordas Mas feliz E olha que nao gostava tanto assim
Arquiteta que se descobriu com esclerose múltipla cujas sequelas a levaram a assumir as 4 rodas da cadeira como sua forma de mobilidade e locomoção. Isso abreviou minha atividade profissional e me aposentei em 2004. Mas essas mudanças limitaram minhas ações por um tempo, que já passou. Hoje participo de uma ONG para lesados medulares (cadeirantes como eu) - a LEME - que me possibilita participar do Conselho Municipal de Pessoas com Deficiência e também do Conselho Municipal de Assistência Social.
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