06 dezembro 2009

Algumas imagens de respiração atemporal



Quando nada lhe prende a nada
E tudo está tão ridículo
Quanto natural
É que não preciso nem gostar do que aparece
Mas se aparece e me faz calar por instantes transparentes
E me deixa horas refletindo
Sobre praticamente seus mistérios
Seus problemas
Seus gozos
Suas áureas
É que em fios de ouro
Cai em mim gotas espessas
Dos sonhos mais puros
Das melhores lembranças
Do velho balanço
Do meu sorriso em seus olhos
Do toque sem querer
Distante de tudo
Perto do nada
Na escuridão das almas que o tempo levou
E traz de de volta em um livro
Em um filme
Em uma careta
Em nosso amor
Tão dissonante como o coro de guitarras humanas
Em um precipício
Caindo em desesperos entre as cordas
Mas feliz
E olha que nao gostava tanto assim

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