22 setembro 2006

Como um pássaro imerso no tédio de seu ninho
sinto um peso em meu peito que me dificulta a respirar.
Regurgito o tédio do mundo e penso em voar.

Mas uma dor que não sei de onde vem
faz com que eu recolha as minhas asas e receie me lançar,
até que o vento leve do amor sopre.


Então, como por impulso, me lanço no desconhecido
como se a dor já não mais existisse,
como se as cicatrizes da alma fossem lembranças mentirosas.

Mas como a humildade não é uma qualidade dos pássaro,
busco as faixas mais altas deste imenso céu
e esqueço os limites de tempo e espaço


Entro noite adentro buscando as estrelas
e neste vôo às escuras minhas asas se cansam.


Então me dou conta de quem sou
apenas um pássaro tentando buscar algo
que não pode alcançar.

O caminho de volta é longo,
o cansaço me faz despencar.
E como seqüela deste tombo ganho uma amnésia,
Que faz com que eu reincida sempre no mesmo erro.

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