09 julho 2006

ode

o amor que eu sinto é auto-renovável. é daqueles que sempre tomam fôlego quando parecia que iam ao chão. como semente trazida pelo vento, que, sem que ninguém lhe dedique momento, tranforma-se em árvore. e floresce. novamente. sempre, e mais que antes. o amor que eu sinto é brasa que não apaga, é combustível em si mesmo. aquece mesmo as noites mais frias, e atrai o olhar com sua luz. arde e queima ao menor contato, deixando marcas sobre e sob a pele. o amor que eu sinto tem gosto suave, mas é forte ao paladar. tem aroma de almíscares, mas cheira doce como lírios. é macio ao toque, firme ao aconchegar-se no meu peito, quente e molhado de suor ao fim. o amor que eu sinto me conforta; me exorta; me transporta. abre e fecha pra mim a porta, sem que eu precise bater. o amor que eu sinto tá na cara, de pele clara, mas talvez ninguém conheça. não se esconde, tampouco é evidente. é apenas meu. todo mundo sabe, mas nem todo mundo vê. é canção que se ouve acompanhando a melodia, não se conhecendo a letra. o amor que eu sinto transborda meu peito, inunda meu leito, põe sorrisos em meu lábios, preocupações em minha mente, preenche meus dias. o amor que eu sinto vive aprisionado a mim, mas goza de liberdade. é o grilhão que eu aceito sem pensar duas vezes, a libertação que chega no último minuto. tenho orgulho do amor que eu sinto. festejo cada dia, monto guarda em cada noite. digo, grito, mando, exijo, peço: e é com doçura que recebo. esse é o amor que eu sinto: meu, de nós dois, de mais ninguém. olhem, vejam, comentem. invejem ou festejem. é amor. o meu. eu sinto.

Tony UP

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