23 novembro 2006

Perdoar


"Uma emoção pode permanecer dentro de nós por dias ou semanas, ou se juntar a outras emoções de freqüência similar, ou se tornar um sofrimento, um parasita que pode viver dentro de nós durante anos, alimentar-se de nossa energia, nos deixar doentes e tornar nossa vida miserável.
Portanto, dirija sua atenção para a emoção e verifique se a sua mente está alimentando um padrão de mágoa, culpa, autopiedade ou ressentimento que, por sua vez, está alimentando a emoção. Se esse for o caso, significa que você não perdoou.
Quando se fala em perdoar, pensamos logo em perdoar alguém, mas o perdão também pode ser em relação a nós mesmos ou a uma situação do passado, presente ou futuro que a nossa mente se recusa a aceitar.
Pois é, pode haver um não-perdoar até em relação ao futuro.
É a recusa da mente em aceitar a incerteza, em aceitar que o futuro está além do nosso controle.
Perdoar é abrir mão dos nossos ressentimentos e deixar que eles se desprendam de nós.
Isso acontecerá naturalmente quando você perceber que os seus ressentimentos não têm outro objetivo, exceto o de fortalecer o falso sentido do eu interior.
Perdoar é não oferecer resistência à vida, é permitir que a vida aconteça através de você.
As alternativas são as dores e os sofrimentos, um fluxo de energia altamente limitado e, em muitos casos, doenças físicas.
No momento em que você perdoar, terá retomado o poder que estava na mente.
O falso eu interior construído pela mente, o ego, não consegue sobreviver sem discórdias e conflitos.
A mente não consegue perdoar. Só você consegue.
Você se torna presente, penetra em seu corpo, sente a paz vibrante e a serenidade que emanam do Ser.
Essa é a razão pela qual Jesus disse: "Antes de entrar no templo, perdoe"."

A.D.

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