
Afogando a imaginação brutalmente
Dentro de um dilúvio de desejos
Posso não saber o que quero
Afagando os pés com a grama do campo
Sento na terra e pego uma flor
Mas não é da mesma cor que as outras
Então finjo que não quero
Atracando as sílabas decisivas na boca
Sobram os olhos suplicantes
Inúteis globos nessa situação
Lento o momento se acaba
E eu finjo que não queria nada
Apalpando os sonhos e vontades
Que começam a rasgar o peito para fugir
Enquanto me chamam de idiota
Sinto que falta um rosto
Que o desejo não foi suficiente para criar
-Eu o quero
E o que faço?
Espero cair do céu!
Benza Deus!
Podisperá na cova, palhaço
Esmero e força ponha nesse aguardar
A única coisa que vai conseguir
É se borrar
Nenhum comentário:
Postar um comentário